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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Participação do pai


Paternidade

Muitas gestantes ainda se referem à gravidez com exclusividade, utilizando-se de expressões que, consciente e inconscientemente, transmitem a mensagem que são questões puramente femininas, como se o homem fosse apenas continente de suas angústias e ansiedades e, paradoxalmente, ressentem-se pela indiferença de seus parceiros.

Tais atitudes refletem posturas ancestrais quando, de fato, o homem era excluído da relação e sua participação terminasse no momento em que o bebê era concebido.

Felizmente os tempos mudaram, e o que vemos atualmente é que cada vez mais aumenta o número de homens que desejam participar ativamente do processo da paternidade, constituindo-se num elemento-chave indispensável da equação pré-natal. Assim, não se considera apenas a mulher grávida, mas o casal grávido.

Durante os meses de gestação, o feto ouve a voz paterna e percebe a influência que exerce em sua mãe, através dos batimentos cardíacos, produção hormonal e corrente sangüínea. Tudo quanto afeta positiva e negativamente sua mãe, afeta-o também e as questões conjugais entram em jogo com um grande peso, já que são as que mais atingem emocionalmente a gestante.

A voz paterna é tão importante para a criança que se o pai se comunicar com ela ainda in útero, a criança é capaz de reconhecê-la e de reagir, logo ao nascer. Assim, se por qualquer obstáculo mãe e bebê são separados após o nascimento, e se a mãe estiver impossibilitada de acompanhar sua recuperação, o pai deve assumir e estabelecer contato com ele para que não perca seus referenciais intra-uterinos, podendo sentir-se novamente em segurança.

É' verdade que fisiologicamente o homem está em desvantagem, já que quem gesta o bebê é a mulher, porém, se ela puder ajudá-lo e conseguir introduzi-lo nesta relação tão íntima, fazendo-lhe um lugar, este pai poderá assumir a função que lhe é de direito e de amor e o vínculo paterno-filial irá se fortalecendo com o passar do tempo, aumentando seu envolvimento e prazer em acompanhar o desenvolvimento da gestação.

No exato instante em que a mulher anuncia ao homem que está grávida, implicitamente anuncia o nome de família que esta criança terá. O impacto da notícia depende da história do casal e do tipo de relação que une o homem e a mulher, que pode ter vários efeitos, desde uma felicidade extrema e compartilhada, até separações, afastamentos e conflitos.

O modo como o homem vivencia a gravidez é diferente da mulher. Mesmo as emoções, apesar de as mesmas, também são vivenciadas diferentemente. E é por isso que as gestantes não compreendem e até se ressentem quando seus parceiros não se manifestam com a intensidade esperada, inclusive quando a gravidez foi planejada e desejada por eles.

Em primeiro lugar, porque desejar um filho é completamente diferente de se projetar como pai. E isto é válido também para a mulher. Enquanto o desejo de um filho situa-se no plano da fantasia, onde todas as expectativas são idealizadas, projetar-se como pai remete-o à realidade das responsabilidades que deverão ser assumidas e pelas quais também se percebe inseguro e despreparado.

Em segundo lugar, porque também se encontra em estado regressivo, quando os conflitos infantis, conscientes e inconscientes, são reatualizados, principalmente no tocante à relação com os pais de origem, em especial, com a figura paterna.

Embora o homem e a mulher contribuam igualmente para a concepção do filho, é a mulher que vai vivenciar as transformações físicas e sentir o bebê crescer dentro de seu corpo. Isto causa muita inveja e ciúme no homem por não poder participar diretamente da díade mãe-bebê, o que pode levá-lo a sentir-se excluído da relação.

Para se fazer um lugar, produzem-se os sintomas que são expressões inconscientes desse desejo. Aparecem, então, sensações semelhantes às da mulher, como aumento de apetite, problemas digestivos, intestinais, aumento de sono... Muitas vezes procura inteirar-se de todas as informações possíveis sobre a gravidez, parto e puerpério, como também de captar a cada instante os movimentos fetais, colocando a mão no ventre da parceira.

Outros homens excluem-se da relação, como se não pudessem ou devessem ter acesso à gravidez. Culturalmente, ainda se lhes encontra enraizado que a demonstração de ternura e os cuidados para com um bebê vão contra o conceito de masculinidade.

Outros, ainda, sentem-se incompreendidos e desamparados em suas angústias e ansiedades, pois também se percebem fragilizados, cheios de dúvidas e com medodo futuro e, sem ninguém para ouvi-los, uma vez que o ambiente mais próximopermanece voltado apenas para a gestante, saem em busca de amigos, ficandocada vez mais afastados do ambiente doméstico, e o que é pior : sofrendo sozinhos.

Mas a psicologia pré-natal, com seus estudos cada vez mais avançados, tem demonstrado claramente a importância para o feto do contato precoce com a figura paterna. Quanto mais cedo o vínculo é formado, tanto pelo contato físico no ventre da mulher quanto pela emissão de palavras, maiores benefícios emocionais trarão após o nascimento, pois o bebê necessita tanto dos cuidados maternos quanto dos paternos, visto ser receptivo e sensível a estes, principalmente se tiveram início na vida intra-uterina.

Como a criança já guarda lembranças na vida pré-natal e é capaz de retê-las, a ligação profunda e intensa pai-feto é essencial para o continuum do vínculo pós-nascimento. Este pai, então, deixa de ser mero provedor para compartilhar dos cuidados básicos com o bebê, bem como de sua educação e desenvolvimento físico-emocional.

Mas os limites de cada um devem ser respeitados. Há pais que por não conseguirem experienciar a troca de fraldas, assumem outras tarefas como dar banho, alimentar, levar a passear. Sendo assim, podem revezar com a mulher, deixando de sobrecarregá-la e de se sobrecarregar, ficando ambos mais disponíveis emocionalmente para o bebê. Além do contato com ele, o homem também tem uma função importante como companheiro, pois transmitindo amor e segurança à mulher, colaborará para que ela acolha mais intensamente seu próprio filho.

Muitos homens se decepcionam com a parceira e vice-versa, por não corresponderem ao ideal de pais que construíram, o que pode gerar novos conflitos ou romper um equilíbrio que já era frágil. Se as expectativas forem irreais, há de se refletir para encontrar um meio de reassegurar o bom entendimento, através de muita compreensão e de ajudas mútuas para sobrepujar as dificuldades que porventura surjam.

O reatamento das relações sexuais também são fonte de grande angústia do homem, visto ainda estar em estado regressivo. O temor de machucar a mulher ressurge com a mesma intensidade que na adolescência, o que causa grande insegurança na parceira por perceber este distanciamento como uma rejeição a si mesma.

Alguns homens se afastam da mulher por estarem ainda ressentidos pelo abandono sofrido durante todo o processo da gestação, o que lhes causou sentimentos de intenso ciúme e rivalidade para com o filho, tal como ocorrem quando nasce um irmão.

Outros, ainda, por sua história pessoal, modelos parentais ou culturais, vêem em suas parceiras apenas a imagem materna, o que tornam as relações sexuais inviáveis. Para outros, ao contrário, a parceira fica ainda mais sedutora, pois foi quem gestou seu filho, prova viva de sua virilidade.

A presença ou não do homem na sala de parto, é outra questão que surge e que depende do desejo e disponibilidade do futuro papai. Há homens que não se sentem à vontade para assistir o parto, pois além de revivenciarem a reatualização da angústia do próprio nascimento, teriam que suportar a culpa e responsabilidade, que muitas vezes surgem, ao se depararem com o que a parceira está vivenciando fisicamente. Outros assumem a tarefa sem dificuldade, funcionando como suporte emocional da mulher e de acolhimento ao bebê nesta sua vinda ao mundo aéreo.

Mas o direito de estar presente na sala de parto, não deve transformar-se em obrigação. Deve ser negociado entre o casal e decidido de comum acordo, o que é melhor para cada um.

Assim como a puérpera, o homem também experiencia a depressão pós-parto, temendo não ser capaz de assumir a nova família, de ser bom pai e, principalmente, temendo perder o lugar que tem junto à companheira, pois sabe que seu filho irá exigir toda sua atenção e cuidados nos primeiros meses.

Mas, essencialmente, o baby blues tem origem no trauma da angústia de separação da mãe e que se funda na cesura do cordão umbilical, no momento do próprio nascimento, que é reatualizado com profunda e intensa ansiedade.

De qualquer maneira, homem nenhum passa imune ao processo de gestação e do nascimento de um filho. Com a evolução dos estudos sobre a relação paterno-filial, desde a vida intra-uterina, muitos homens estão se conscientizando e assumindo a paternidade de modo mais responsável, valorizando a importância de sua participação na vinda e na vida de seus filhos.

Com isto, homens e mulheres poderão estabelecer vínculos mais solidários e sólidos, independentemente da sitiuação do vínculo afetivo, o que certamente irá produzir gerações futuras de crianças emocionalmente mais ajustadas, estáveis, seguras e, portanto, muito mais felizes.

Ana Maria Moratelli da Silva Rico
Psicóloga clínica

Alimentação na gravidez


Dicas de alimentação na gravidez:

• Beba água constantemente, de 1,5 a 2 litros por dia.

• Consuma pelo menos três frutas por dia, além de legumes e verduras no almoço e jantar. Esses alimentos são ricos em fibras, que previnem a prisão de ventre, muito comum na gestação.

• Fracione as refeições em seis a oito vezes ao dia, com pequenas quantidades, e mastigue devagar. Consuma alimentos com baixo teor de gordura e evite ingerir líquidos durante as refeições, para facilitar a digestão e evitar azia.

• A carne é muito importante nesse período, por ser rica em ferro e proteínas. O ferro pode ser melhor absorvido se consumido com frutas ricas em vitamina C, como kiwi, laranja, limão, acerola, tangerina e abacaxi.

• O uso moderado de adoçantes foi permitido para gestantes com diabetes pela Associação Americana de Dietética (ADA), que autorizou o uso de produtos à base de aspartame, acesulfame-K e sucralose, sendo considerados seguros ao bebê. Para as futuras mamães que apenas querem prevenir o ganho de peso, a eficácia desses produtos é duvidosa.

• O uso de adoçantes e produtos diet à base de sacarina não são recomendados. Pela permeabilidade da placenta, eles podem permanecer nos tecidos do bebê.

Exercite-se!


Exercícios e Gravidez

Atividade física durante a gestação ainda representa um grande tabu. Isso se explica em parte pela dificuldade de acesso às novas informações que pesquisas recentes trazem aos consensos internacionais. Segundo estes, a manutenção de exercícios de intensidade moderada durante uma gravidez não-complicada proporciona inúmeros benefícios para a saúde da mulher.

Mulheres sedentárias apresentam um considerável declínio do condicionamento físico durante a gravidez e a falta de atividade física regular é um dos fatores associados a uma susceptibilidade maior a doenças durante e após a gestação.

Apesar de haver poucos estudos nesta área, exercícios com pesos de intensidade leve a moderada podem promover melhora na resistência e flexibilidade muscular, sem aumento no risco de lesões, complicações na gestação ou relativas ao peso do feto ao nascer. Sendo assim, a mulher passa a suportar melhor o aumento de peso diminuindo a incidência de alterações posturais (graves) comuns nesse período.

Estudos demonstram que a atividade física aeróbia auxilia de forma significativa o controle do peso corporal e a manutenção do condicionamento, além de reduzir o risco de desenvolver diabetes gestacional. A ativação dos grandes grupos musculares propicia uma melhor utilização da glicose e aumenta simultaneamente a sensibilidade à insulina, em outras palavras, previne riscos relacionados a diabetes tipo II. Os mesmos estudos evidenciam que a manutenção da prática regular de exercícios físicos apresenta fatores protetores sobre a saúde psicológica da mulher.

Apesar de tudo isso o conhecimento do estado de saúde da gestante é muito importante para que um programa de exercícios seja iniciado. Existem casos gerais em que a atividade física pode ter uma contra-indicação absoluta, como para as portadoras de diabetes tipo I, em casos de históricos de dois ou mais abortos espontâneos, gravidez múltipla, tabagismo e ingestão excessiva de álcool. As contra-indicações relativas incluem a anemia, histórico de trabalho de parto prematuro, obesidade e condicionamento físico muito abaixo do recomendável.

Porém, se falarmos de gestantes saudáveis, hoje se apóia a prática de atividade física, mas obviamente que algumas precauções devem ser tomadas, entre elas: a obtenção de autorização médica e conhecimento das alterações potencialmente perigosas que podem surgir durante o exercício.

A prática de algumas atividades acarreta riscos potenciais para o feto. Em situações em que a intensidade do exercício é muito alta, podendo levar a um estado de hipóxia (falta de oxigênio) para o feto, em exercícios em que haja risco de trauma abdominal e em situações de hipertermia (calor extremo) da gestante, há grande possibilidade de geração de estresse fetal com restrição de crescimento, prematuridade, problemas mentais e inclusive óbito.

Com base em pesquisas na área de exercício durante a gestação a revista científica Sports Medicine Austrália criou algumas recomendações:

1- Em gestantes ativas, manter os exercícios aeróbios em intensidade moderada durante a gravidez.

2- Evitar treinos em freqüência cardíaca acima de 140 bpm. (para atletas há possibilidade de se exercitar em intensidade ligeiramente mais alta com segurança).

3- Musculação e exercício com pesos devem ser moderados.

4- Evitar exercícios na posição supina.

5- Evitar exercícios em ambientes quentes e piscinas muito aquecidas.

6- Interromper imediatamente a prática esportiva se surgirem sintomas como dor abdominal, cólicas, sangramento vaginal, tontura, náusea ou vômito, palpitações e distúrbios visuais.

7- Não há nenhum tipo específico de exercício que deva ser recomendado durante a gravidez. A gestante que já se exercita deve manter a prática da mesma atividade física que executava antes, desde que os cuidados acima sejam respeitados.

Portanto, a atividade física de intensidade leve a moderada é considerada segura e eficiente para grávidas saudáveis, todavia há recomendações específicas para sua prática. Mulheres previamente ativas, quando grávidas, têm mais facilidade de aprimorar sua condição física após o parto.

Como vimos, os exercícios podem ajudar em problemas de ganho excessivo de peso, na prevenção de doenças comuns da gravidez, na saúde mental da gestante, e inclusive no próprio trabalho de parto. Sendo assim, se todos os cuidados necessários forem tomados, não há razão para se evitar exercícios durante a gravidez.

SEXO NA GRAVIDEZ


Sexo na gravidez: usufrua desse momento

Sexo na gravidez. Muita coisa muda. Não é só a mamãe que fica confusa com tanta sensação nova. O papai também tem dificuldade para lidar com essas novas informações que acontecem nessa etapa da vida do casal.

As transformações acontecem desde o início da gravidez, tanto no corpo como na mente. Os hormônios jogados no corpo da mulher a deixam com sensações que podem diminuir a libido e a vontade de fazer sexo. É comum ela sentir náuseas, vômitos, cansaço e seios doloridos. A mais nova mamãe pode achar que fazer sexo pode prejudicar o bebê ou mesmo ocasionar um aborto.

Já o papai pode ter a sensação de ser o "protetor", olhando a sua mulher como mãe e não mais como amante, se afastando sexualmente dela para protegê-la e não prejudicar o bebê. Agora, se com o papai está tudo bem em fazer sexo com sua mulher grávida, mas ela ainda não quer, saiba que carinho, atenção, paciência e diálogo são fundamentais nesse período.

Corpo em ebulição - Já no segundo trimestre da gestação, as sensações incômodas que aconteciam no início cessam e a libido da mulher volta ao normal ou mesmo pode aumentar ainda mais, como relatam algumas mulheres. A região da vagina está sensível por causa da maior vascularização da região e é um dos motivos do apetite sexual aumentar.

Se o papai ainda tem algumas dúvidas em relação ao sexo, a mamãe pode tentar aos poucos mostrar para ele que o sexo na gravidez é bom e não prejudica o bebê.

Se o papai não tinha "neuras" e agüentou pacientemente os enjôos e vômitos da mamãe passarem, a hora é agora para aproveitar o aumento da libido da mulher e ficar "nas nuvens" com os novos peitos da sua amada que estão maiores. Só cuidado com eles, pois a sensibilidade está maior e pode doer mais facilmente.

Gangorra - A libido pode voltar a diminuir no último trimestre da gravidez; a barriga já está grande e incômoda, o cansaço volta, as dores da coluna aumentam e a mulher pode não estar satisfeita com o seu corpo e peso, achando que seu companheiro não a acha mais atraente.

A preocupação em machucar o bebê na penetração volta e o medo do orgasmo em ocasionar um parto prematuro também são motivos para evitar o sexo. Sexo não prejudica o bebê e não acarreta parto prematuro.

Muitos homens acham que sua mulher grávida é uma das coisas mais atraentes que existe. Outros têm medo de que seu pênis machuque o bebê na penetração. Outros não sabem que posição fazer sexo com aquele barrigão da sua mulher.

Sexo é muito bom durante toda a gravidez. Fortalece os músculos do períneo que ajudam na hora do parto, deixa a mamãe feliz e relaxada, e o bebê sente tudo o que a mamãe sente. Se a mamãe está feliz, o bebê está bem. A cumplicidade do casal pode aumentar.

Caso papai e mamãe não se sintam bem com a penetração, há outras maneiras de se relacionar. Sexo não é só penetração. Masturbação mútua, sexo oral ou anal, jogos eróticos, beijos, carinhos e atenção podem ser alternativas à penetração.

A posição do sexo deve ser a que tanto mulher e homem se sintam à vontade. Até a barriga aparecer não tem restrições, mas quando o barrigão está presente algumas posições são incômodas como a tradicional (mamãe e papai) já que o peso do homem em cima da mulher é ruim. Se a mamãe quiser ficar deitada assim, o papai deve elevar o tronco sem pressionar a barriga da mulher.

Outra posição seria a que os dois ficam deitados de lado, o homem penetra por trás, a conhecida posição conchinha ou colherzinha. A posição em que a mulher permanece com as mãos apoiadas, "de quatro", é outra opção. A mulher ainda pode ficar por cima do parceiro controlando a penetração e não há pressão sobre a barriga.

O sexo só é proibido ou restrito em algumas situações, como sangramentos durante a gravidez, descolamento de placenta, perda de líquido amniótico, risco de aborto, entre outros. Quem irá conferir é o ginecologista.

A mulher, juntamente com o seu companheiro, devem procurar o seu médico e tirar todas as dúvidas em relação ao sexo: se pode ou não a penetração, ter orgasmos, sexo anal e tudo mais onde existir algum questionamento e ter uma gravidez saudável sem "encucações".